Olá,
estes são os textos que devem ser estudados para prova – 1º H.
Cultura e
globalização
“Nós vivemos na era da globalização, tudo converge, os limites vão
desaparecendo”. Quem não ouviu, no mínimo, uma destas expressões nos últimos
anos? A globalização é um chavão de nosso tempo, uma discussão que está na
moda, onde opiniões fatalistas conflitam com afirmações críticas, e o temor de
uma homogeneização está no centro do debate. Suposições de uma sociedade
mundial, de uma paz mundial ou, simplesmente, de uma economia mundial, surgem
seguidamente, cujas conseqüências levariam a processos de unificação e
adaptação, aos mesmos modelos de consumo e a uma massificação cultural. Mas há
que se perguntar: trata-se apenas de conceitos em disputa ou há algo que
aponte, de fato, nesta direção? Quais são, afinal, os efeitos culturais da
globalização?
O processo de constituição de uma economia de caráter mundial não é nada
novo. Já no período colonial houve tentativas de integrar espaços intercontinentais
num único império, quando a idéia de “dominar o mundo” ficou cada vez mais
próxima. Por outro lado, a integração das diferentes culturas e povos como “um
mundo” já foi desejada há muito tempo e continua como meta para muitas
gerações. Sob esta ótica, o conceito de globalização poderia ter um duplo
sentido, se ele não fosse tão marcado pelo desenvolvimento neoliberal da
política internacional.
Conforme o sociólogo alemão Ulrich Beck, com o termo globalização são
identificados processos que têm por conseqüência a subjugação e a ligação
transversal dos estados nacionais e sua soberania através de atores
transnacionais, suas oportunidades de mercado, orientações, identidades e
redes. Por isso, ouvimos falar de defensores da globalização e de críticos à
globalização, num conflito pelo qual diferentes organizações se tornam cada vez
mais conhecidas. Neste sentido, não se trata de um conflito stricto sensu sobre a globalização, mas
sobre a prepotência e a mundialização do capital. Esse processo, da forma como
ele atualmente vem acontecendo, não deveria sequer ser chamado de globalização,
já que atinge o globo de forma diferenciada e exclui a sua maior parte – se
observamos a circulação mundial de capital, podemos constatar que a maioria da
população mundial (na Ásia, na África e na América Latina) permanece excluída.
Essa forma de globalização significa a
predominância da economia de mercado e do livre mercado, uma situação em que o
máximo possível é mercantilizado e privatizado, com o agravante do desmonte
social. Concretamente, isso leva ao domínio mundial do sistema financeiro, à
redução do espaço de ação para os governos – os países são obrigados a aderir
ao neoliberalismo – ao aprofundamento da divisão internacional do trabalho e da
concorrência e, não por último, à crise de endividamento dos estados nacionais.
Condições para que essa globalização pudesse se desenvolver foram a
interconexão mundial dos meios de comunicação e a equiparação da oferta de
mercadorias, das moedas nacionais e das línguas, o que se deu de forma
progressiva nas últimas décadas. A concentração do capital e o crescente abismo
entre ricos e pobres (48 empresários possuem a mesma renda de 600 milhões de
outras pessoas em conjunto) e o crescimento do desemprego (1,2 bilhões de pessoas
no mundo) e da pobreza (800 milhões de pessoas passam fome) são os principais
problemas sociais da globalização neoliberal e que vêm ganhando cada vez mais
significado.
É evidente que essa situação tem efeitos sobre a cultura da humanidade,
especialmente nos países pobres, onde os contrastes sociais são ainda mais
perceptíveis. Em primeiro lugar, podemos falar de uma espécie de conformidade e
adaptação. Em função da exigência de competitividade, cada um se vê como
adversário dos outros e pretende lutar pela manutenção de seu lugar de
trabalho. Os excluídos são taxados de incompetentes e os pobres tendem a ser
responsabilizados pela sua própria pobreza. Paralelamente a isso, surge nos
países industrializados uma nova forma de extremismo de direita, de forma que a
xenofobia e a violência aparecem entrelaçada com a luta por espaços de
trabalho. É claro que a violência surge também como reação dos excluídos, e a
lógica do sistema, baseada na competição, desenvolve uma crescente “cultura da
violência” na sociedade. Também não podemos esquecer que o próprio crime
organizado oferece oportunidades de trabalho e segurança aos excluídos.
Embora tenham sido desenvolvidos e disponibilizados mais meios de
comunicação, presenciamos um crescente isolamento dos indivíduos, de forma que
as alternativas de socialização têm sido, paradoxalmente, reduzidas. A exclusão
de muitos grupos na sociedade e a separação entre camadas sociais têm
contribuído para que a tão propalada integração entre diferentes povos não se
efetive; pelo contrário, isso têm levado a um processo de atomização da
sociedade. O valor está no fragmento, de modo que o engajamento político da
maioria ocorre de forma isolada como, por exemplo, o feminismo, o movimento
ambientalista, movimentos contra a discriminação ética e sexual, etc. Tudo isso
sem que se perceba um fio condutor que possa unificar as lutas isoladas num
projeto coletivo de sociedade. Nessa perspectiva fala-se de um “fim das
utopias”, que se combina com uma nova forma de relativismo: “a verdade em si
não existe; a maioria a define”.
No que se refere à educação, cresce a sobrevalorização do pragmatismo,
da eficiência meramente técnica e do conformismo. O mais importante é a
formação profissional, concebida como único meio de acesso ao mercado de
trabalho. A idéia é a de que, com uma melhor qualificação técnica, se tenha
maiores possibilidades de conseguir um emprego num mercado de trabalho em
declínio. Em conseqüência a isso, a reflexão sobre os problemas da sociedade
assume cada vez menos importância; e valores como engajamento, mobilização
social, solidariedade e comunidade perdem seus significados. Importante é o
luxo, o lucro, o egocentrismo, a “liberdade do indivíduo” e um lugar no
“bem-estar dos poucos”. Esses valores são difundidos pelos grandes meios de
comunicação e os jovens são, nisto, os mais atingidos. A diminuição do
sujeito/indivíduo surge como decorrência, pois o ser humano é cada vez mais
encarado como coisa e estimulado a satisfazer prazeres supérfluos. Os excluídos
são descartados sem perspectiva e encontram cada vez menos espaço na sociedade
que, afinal de contas, está voltada aos consumidores, enquanto o acesso público
é continuamente reduzido.
Por outro lado, há reações que se desenvolvem internacionalmente contra
essa tendência. A ampliação das possibilidades de comunicação tem contribuído
para que protestos isolados pudessem se encontrar e constituir redes. O lema:
“pensar globalmente e agir localmente” pôde ser superado, de forma que uma ação
global se tornou possível, o que alterou a visão de mundo e os limites de tempo
e espaço. Para além das diferenças étnicas, religiosas e lingüísticas dos
povos, podemos falar de uma nova divisão do mundo: de um lado, uma minoria que
é beneficiada pela globalização neoliberal e, de outro, a maioria que é
prejudicada com a ampliação do livre mercado. Esse conflito está no centro do
debate atual da humanidade, cujos efeitos caracterizam o espírito do nosso
tempo e influenciarão a cultura da humanidade futura. Se a imagem das futuras
gerações será fragmentada ou mais homogeneizada ainda não se sabe, mas a
possibilidade de uma crescente desumanização é muito grande.
Globalização
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração
econômica,
social,
cultural,
política,
que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e
comunicação dos países do mundo no final do século XX
e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela
necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global
que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos
mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à
forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo,
levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos.
Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar
transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado
de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um
investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo
globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento
acirrado da concorrência.
História
A globalização é um fenômeno
capitalista e complexo que começou na era dos descobrimentos e que se
desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo
passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a
globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da
Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado
aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII,
com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das
relações políticas europeias durante o período. Este período viu grande aumento
no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente
nas novas colônias europeias.
Já em meio à Segunda Guerra Mundial surgiu, em 1941, um dos primeiros
sintomas da globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos
Estados Unidos incluía várias edições diárias de O Repórter
Esso , uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente
cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do
continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla
rede radiofônica mundial.
É tido como início da globalização moderna o fim da Segunda Guerra
mundial, e a vontade de impedir que uma monstruosidade como ela ocorresse novamente
no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências
do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da
humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar
cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de
bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos
começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da
ideologia econômica do liberalismo.
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes
países emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado
interno e cada vez maior presença mundial. Antes do BRIC, outros países fizeram
uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido
crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão
na década de 1970.
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima
europeia como um caminho pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a
globalização, Maria da Conceição Tavares aposta o seu
surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o surgimento de novos
produtos financeiros.
Impacto
A característica mais notável da globalização é a presença de marcas
mundiais.
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação,
comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade
dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do
planeta.
Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet,
a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre
diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo.
Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações sem critérios na
história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local,
agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do
mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da
universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos
aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras,
com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação
tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado
português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo
da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com
42 milhões de telefones instalados,
e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de
1980, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um
grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter
acesso, alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do
mundo inteiro, desde NHK do Japão até Cartoon Network americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa
acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder
estabelecidas, com forte conotação a democracia,
ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de
informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o
mundo é e se comporta.
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma
ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na
sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de
informação que seus cidadãos tem acesso.
Na China,
onde a internet tem registrado crescimento espetacular, já contando com 136
milhões de usuários graças à evolução,
iniciada em 1978, de uma economia centralmente planejada para uma nova economia
socialista de mercado, é outro exemplo de nação notória por tentar limitar
a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo
governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989,
além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão
bloqueados, incluindo CNN
e BBC, sites de governos
como Taiwan
também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O
número de pessoas presas na China por "ação subversiva" por ter
publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A
própria Wikipédia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês.
No Irã,
Arábia Saudita e outros países islâmicos com
grande influência da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma
enorme pressão do estado, que tenta implementar diversas vezes barreiras e
dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de
relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso
a conteúdo erótico também é proibido.
Qualidade de vida
Londres,
a cidade mais globalizada do planeta.
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos,
novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e
barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento
generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a
2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1,5 bilhão
de pessoas para 1,1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada
exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização.
Na China,
após a flexibilização de sua economia comunista centralmente planejada para uma
nova economia socialista de mercado, e uma relativa abertura de alguns
de seus mercados, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu
50,1%, contra um aumento de 2,2% na África sub-saariana. Na América
Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema
de 1981 até 2002.
Embora alguns estudos sugiram que atualmente a distribuição de renda ou
está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as
que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica, outros
estudos mais recentes da ONU
indicam que "a 'globalização' e 'liberalização', como motores do
crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as
desigualdades e a pobreza nas últimas décadas".
Para o prêmio nobel em economia Stiglitz,
a globalização, que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento e da
redução das desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um
comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma ordem
econômica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é, em síntese, a
tese defendida em seu livro A globalização e seus malefícios: a promessa
não-cumprida de benefícios globais.
Críticos argumentam que a globalização fracassou em alguns países, exatamente
por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz:
Porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de
juros e na reforma tributária.
Efeitos na indústria e
serviços
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a
criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com
mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta
qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação
de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do
mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem
competitivas no acesso de mercados regionais.
O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como
"Era Cognitiva", onde a capacidade de uma pessoa em processar
informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário
em uma empresa graças a automação, também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era
industrial para a era pós-industrial.
Nicholas A. Ashford, acadêmico do MIT, conclui que a
globalização aumenta o ritmo das mudanças disruptivas nos meios de produção,
tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que isto irá requerer
uma mudança de atitude por parte dos governos se este quiser continuar
relevante mundialmente, com aumento da qualidade da educação, agir como
evangelista do uso de novas tecnologias e investir em pesquisa e
desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como nanotecnologia
ou fusão nuclear. O acadêmico, nota porém, que a
globalização por si só não traz estes benefícios sem um governo pró-ativo
nestes questões, exemplificando o cada vez mais globalizado mercados EUA, com
aumento das disparidades de salários cada vez maior, e os Países Baixos,
integrante da UE, que se foca no comércio dentro da própria
UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução.
Teorias da Globalização
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do
mercado capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui
várias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo
atual.
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização
desde o início da História, acelerado pela época dos Descobrimentos.
Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais
recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o consequente fim da Guerra Fria
(entre 1989
e 1991),
do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio
fim da Segunda Guerra Mundial.
No geral a globalização é vista por alguns cientistas políticos como o
movimento sob o qual se constrói o processo de ampliação da hegemonia
econômica, política e cultural ocidental
sobre as demais nações. Ou ainda que a globalização é a reinvenção do processo
expansionista americano no período pós guerra-fria (esta reinvenção tardaria
quase 10 anos para ganhar forma) com a imposição (forçosa ou não) dos modelos
políticos (democracia), ideológico (liberalismo, hedonismo e individualismo) e
econômico (abertura de mercados e livre competição).
Vale ressaltar que este projeto não é uma criação exclusiva do estado
norte-americano e que tampouco atende exclusivamente aos interesses deste, mas
também é um projeto das empresas, em especial das grandes empresas transnacionais,
e governos do mundo inteiro. Nesta ponta surge a inter-relação entre a
Globalização e o Consenso de Washington.
Dados retirados: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Globalização" e "http://www.espacoacademico.com.br/026/26andrioli.htm"